quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A primeira ação do Projeto Kala

Silêncio: Por quê?

Silenciadas em contextos comuns. Kala. O silêncio traz uma carga de significados. Remanso. Sentir-se silenciada até um espaço onde não tem voz. Quietude. O silêncio passa pelo corpo. Mudez. [razão e emoção indissociáveis]. Não dizer chuz nem buz. Calar-se. Silêncio que afasta, não se coloca da forma que acredita de fato. Quiriri. Silêncio cotidiano que não permite que as relações sejam elas de fato. Inaudível. Silêncio dentro de ruídos. Desruidoso. E enganos. Silêncio que é voltar-se pra si. Recolher-se aos bastidores. Entrar em contato com fuga ou busca. Sossego.  Encontrar outro espaço/tempo de conexão com outras esferas. Sutil. Ambivalência. Impossibilidade de fala em circunstâncias. Sufocado.  O silêncio é ouro e a palavra é prata. Elaborar a experiência. À Surdina. Tempo de espera. Bico calado. Presença. Estado de percepção. Absoluto. Estudo de presença do corpo em silêncio. Silenciosamente. Conforto. Estado em que as coisas se conectam simplesmente por sua presença. Quietismo. Fala não é necessária. Comunicação em outra espera. Esfera. Contemplação. Serenidade. Transitar por qualidades de silêncio. Meter a viola no saco. Excesso de informações, sons e ruídos, barulhos, vozes, mensagens, chamamentos, bips, motores. Não tugir nem mugir. Criação de subterfúgios para não silenciar. Caluda! Estar não cabe na sociedade. Tem que ser produtivo. Afônico. Silêncio.Solidão. Solitude. A furta-passo.

Pensar o SILÊNCIO no viés da  dança nos instiga a levantar  aspectos de nossas percepções sobre o assunto. Contraditoriamente ao que a própria palavra tem como significado imediato, queremos encontrar e propor modos de interlocução sensível que ampliem as possíveis formas de nos comunicarmos e darmos sentido às experiências de relações entre indivíduo e sociedade.

Posto este pensamento,coube ao Núcleo Mirada propor sua primeira ação:

A primeira ação do Projeto Kala (descrito na aba acima),compreende a ambientação composta por uma mesa,cadeira,folhas de sulfite e uma máquina de escrever. Nessas folhas, consta uma frase disparadora: "Eu não estava preparada..." (retirada do conto "O que a gente não disse", do livro "O Silêncio dos Amantes", de Lya Luft). Feito isso, cedemos a máquina para o uso contínuo dos transeuntes curiosos,que por sua vez foram incumbidos de registrar seu ponto de vista ,sob a perspectiva da frase em questão.

Eis algumas imagens da primeira ação:









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