Entre um corpo e...

25° Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança

Projeto: Entre um corpo e outro o vento passa 

Objetivos a serem alcançados:
APRESENTAÇÃO

Entre um corpo e o outro o vento passa é um projeto desenhado em camadas, que relaciona corpo, vento e transformação: uma metáfora do modo como desenvolvemos nosso trabalho de pesquisa em dança, onde não há uma única ação em andamento, mas um conjunto delas. Transbordam-se e organizam-se em esferas de propostas.
Este projeto, configurado a partir deste pressuposto, tem como objetivo realizar sete ações distintas, porém interconectadas:

1. Resquícios Brutos: circulação do espetáculo [18 apresentações]
2. Residência Cidade Coreográfica: residência artística em dança a partir dos procedimentos criativos oriundos do processo de criação de Resquícios Brutos [4 Residências de 12 horas, 16 vagas cada]
3. Mostra Cidade Coreográfica: mostra das produções resultantes das Residências Cidade Coreográfica como abertura de 4 apresentações de Resquícios Brutos (nos mesmos locais onde acontecerão as residências), seguidas de uma conversa apreciação sobre a experiência [4 mostras associadas a 4 das 18 apresentações de Resquícios Brutos]
4. Bate-estaca: um encontro artístico performático com todos os participantes das quatro residências dos pólos regionais, em espaço central (CRD  e entorno) [com duração de 6 horas]
5. Ventilação Criativa: encontros teórico-práticos com artistas convidados para compartilhamento de princípios e procedimentos criativos [4 encontros de 6 horas, 16 vagas cada]
6. Ventania: processo de aprofundamento e continuidade da pesquisa artística do Núcleo, incluindo dois encontros com interlocutores convidados.
7. Queda-Livre: duas aberturas públicas do processo de criação em desenvolvimento.

OBJETIVOS GERAIS


1) Dar continuidade às atividades do Núcleo MIRADA, possibilitando assim a circulação, a manutenção e o aprofundamento da pesquisa de linguagem que o mesmo vem desenvolvendo desde sua criação em 2010;
2) Ampliar o acesso ao trabalho desenvolvido pelo Núcleo para o público em geral;
3) Ampliar o acesso à produção em dança e às atividades relacionadas à mesma;
4) Fomentar a dança enquanto área do conhecimento e linguagem permeável;
5) Propiciar espaços de reflexão, aprimoramento técnico e troca artística.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

1. Circular o espetáculo Resquícios Brutos em distintos equipamentos da cidade de São Paulo, promovendo 18 apresentações gratuitas (ou a preços populares, conforme as necessidades do espaço);
2. Realizar 4 Residências gratuitamente, abertas a 16 pessoas interessadas (cada), com as artistas do Núcleo, para compartilhamento de princípios, procedimentos e produção de materiais cênicos relativos ao processo criativo do espetáculo Resquícios Brutos;
3. Realizar 4 mostras do materiais criativos produzidos durante as Residências Cidade Coreográfica gratuitas, seguidas das apresentações de Resquícios Brutos e conversa/apreciação abertas ao público em geral;
4. Realizar 1 encontro em região central de todos os participantes das Residências para um compartilhamento artístico performático (6 horas);
5. Realizar 4 encontros teórico-práticos (duração de 6 horas cada) com artistas ou coletivos convidados para compartilhar seus princípios e procedimentos criativos, aberto à 16 pessoas, selecionadas por carta de interesse.
6. Realizar um processo de pesquisa criativa em dança, desencadeado pelo texto poético  Entre um corpo e outro o vento passa, produzido pelo parceiro artista e antropólogo Renato Jacques durante  a Rede de Transdução (performance realizada pelo Núcleo em 2016) e pelos princípios e procedimentos que serão compartilhados e investigados durante os encontros teórico-práticos (item 5).
7. Estabelecer um diálogo com dois interlocutores convidados sobre o processo de criação em andamento.
8. Realizar duas aberturas da primeira configuração cênica do processo criativo em desenvolvimento, para compartilhamento da  pesquisa artística do Núcleo. 


Justificativa do projeto:

Entre um corpo e outro o vento passa é um projeto que busca arejar o modo de operar nos procedimentos criativos do Núcleo. Repensar e reinventar maneiras de criar dança para encontrar formas de organização e reflexão sobre o fazer artístico, que busca estabelecer diálogos sensíveis com a própria pesquisa e com os espectadores.

Tendo em vista que o trabalho desenvolvido é vivo, em constante elaboração, assim como suas possíveis configurações, o exercício pleno de atuar artisticamente – seja apresentando um espetáculo, abrindo um processo criativo, propiciando residências artísticas ou criando espaços de interlocução e reflexão –  fundamenta a continuidade do trajeto do Núcleo.

Todos os diversos modos de se relacionar com o fazer artístico, que compõe este projeto, são compreendidos horizontalmente, em termos de valoração do próprio processo que cria novos nexos de sentidos quando compreendidos em sua totalidade. Dessa forma, é importante a realização de todas essas frentes, interconectadas, como ventos de intensidades variáveis, para impulsionar todo o percurso apresentado a seguir.


Sobre Resquícios Brutos: circulação do espetáculo [18 apresentações]

Resquícios Brutos é um trabalho coreográfico criado pelo Núcleo MIRADA ao longo do primeiro semestre de 2017, contemplado pelo Proac de Criação em Dança 04/2016, como resultado de uma pesquisa artística continuada.

Este é um trabalho que se construiu a partir da experiência da cidade de São Paulo, das impressões e ruídos que marcaram o corpo das artistas que vivem e transitam por este espaço, em especial da Região Central, que abriga universos contrastantes, que invadem os corpos dos habitantes, tanto quanto os colocando como co-responsáveis, direta ou indiretamente, por sua construção.

Por ser um trabalho que reflete esteticamente a cidade de São Paulo, compartilhar este espetáculo com outros, ou com o maior número possível de habitantes do município é um aspecto relevante deste projeto, afinal, o fazer artístico se efetiva na medida em que se estabelece a relação entre obra e público, engendrando o campo da fruição e reflexão a partir do contato concreto com o espetáculo. Em especial com um público interlocutor, que também elabora, querendo ou não, suas impressões acerca da cidade em que vive e que é abordada artisticamente nesta coreografia.
Outro ponto é que este trabalho foi apresentado apenas quatro vezes na cidade de São Paulo (todas na Sala Paschoal Carlos Magno, do teatro Sérgio Cardoso) e este Edital de Fomento à Dança reafirma a circulação de trabalhos artísticos como um aspecto importante da realização da pesquisa artística e cria a possibilidade de difundir o trabalho pelo município de São Paulo, alcançando públicos diversos, tanto das regiões centrais quanto das periféricas da cidade. Uma maneira efetiva de ampliar o acesso à produção de dança contemporânea realizada com financiamento público, bem como colaborar para a continuidade da pesquisa artística do Núcleo MIRADA, a medida que se estabelece e se aprofunda o diálogo a partir do evento artístico efetivado.


Sobre Residência Cidade Coreográfica: residência do processo criativo do espetáculo Resquícios Brutos [4 residências de 12 horas, 16 vagas cada – total: 64 vagas oferecidas]

A proposta desta Residência é compartilhar procedimentos de criação e composição em dança investigados ao longo do processo criativo do trabalho Resquícios Brutos, que possam gerar experimentos coreográficos e materiais cênicos com os participantes.

O Núcleo compreende que este processo de investigação promove um estudo aprofundado  sobre  um modo de operar que instiga à pesquisa do corpo em movimento atrelado ao contexto, às relações entre os corpos envolvidos e o espaço,  por meio de procedimentos que têm uma potência de elaboração de significados. A Residência será descrita na contrapartida.

A escolha de compartilhar princípios e procedimentos que foram investigados ao longo do processo criativo promove uma ampliação e aprofundamento de experiências referentes à possíveis modos de criar dança para o público interessado bem como potencializa um futuro espectador do espetáculo com outro campo de conteúdo, e isso pode gerar maior interesse não apenas no trabalho específico mas também em seu olhar para a diversidade das produções em dança contemporânea, caracterizando-se como um trabalho artístico-pedagógico e de formação de público.

A opção por realizar quatro residências com grupos distintos também é uma estratégia do Núcleo para arejar seus modos de operar já que serão colocados em diálogo aberto o criativo, procedimentos que foram investigados em um processo pelo Mirada, mas que podem ser corporalizados de maneiras distintas, conforme as experiências dos participantes. Estas outras possibilidades que emergem dos encontros interessam à pesquisa artística desenvolvida e proposta neste projeto.

Os espaços de encontro e compartilhamento de saberes são essenciais para o fazer artístico que se dá no coletivo pois se amplia a rede de contatos e cria possibilidades de instaurar ambientes comprometidos com práticas reflexivas em dança.


Sobre Mostra Cidade Coreográfica: mostra dos processos de criação desenvolvidos ao longo das 4 Residências Cidade Coreográfica seguidas de bate-papo [quatro mostras abertas ao público em geral]:

A ideia de abrir ao público a “síntese” das Residências realizadas nas quatro localidades se baseia na proposta de não apenas encarar o processo criativo desenvolvido como estudo restrito aos participantes, mas sim, um caminho de apropriação dos conteúdos propostos pelo Núcleo, capazes de  ampliar as vozes e torná-los protagonistas deste trajeto coletivo.

Por tal motivo, acreditamos que convidá-los a “abrir os caminhos” para apresentação do espetáculo Resquícios Brutos, seria um modo de aproximar, participantes, público, espaço, Núcleo, numa interlocução que expande possibilidades de conversa no momento do bate-papo, que viria como espaço de apreciação das experiências somadas: a Residência, a Mostra, o Espetáculo.

Desse modo, como atividade com grande potência formativa, as relações entre todos os interlocutores podem se aprofundar a medida que a aproximação se constrói por afetos conquistados ao longo dos encontros de trabalho em uma perspectiva horizontal de diálogo artístico.


Sobre Bate-estaca: grande encontro de todos os participantes das 4 Residências e Mostras Cidade Coreográfica para compartilhamento dos materiais cênicos desenvolvidos e pesquisa de novos modos de interlocução entre eles e o espaço central da cidade [64 participantes]

A proposta de convidarmos todos os participantes das Residências e Mostras realizadas em quatro espaços das quatro regiões da cidade se fundamenta no princípio de que consideramos que todo o trabalho realizado nas Residências deverá considerar o contexto, ou seja, o espaço/local onde se darão, como parte fundamental do processo criativo.

Considerando que as percepções e sensações singulares de cada espaço podem gerar estados corporais, evocar assuntos, modos diferentes de habitar e se relacionar com as realidades, trazer questões aos processos de criação, cada uma das quatro Residências seria então, uma produção artística única, atrelada ao seu contexto de origem e aos conteúdos propostos pelo Núcleo.

Reunir e compartilhar as produções resultantes de tal ação, traria uma nova perspectiva para cada participante, assim como para o Núcleo. Verificar tantas variáveis de escolhas estéticas, possíveis significações, composições, desdobramentos, e colocá-las em diálogo entre si e também com  espaços do centro da cidade, de onde nasceu Resquícios Brutos é o que nos move nesta proposta.


Sobre Ventilação Criativa: encontros teórico-práticos com artistas convidados para compartilhamento de princípios e procedimentos criativos [4 encontros de 6 horas, 16 vagas cada – total de 64 vagas]

Serão convidados quatro artistas ou coletivos de dança para apresentar seu pensamento acerca de sua trajetória e produção artística com viés em como se dão seus processos de criação, ou seja, onde identificam seus caminhos, escolhas e modos de fazer e produzir dança e de que maneira constroem e fundamentam seus olhares para as próprias produções cênicas.

Cada convidado apresentará também uma proposta de estudo prática, relacionada aos princípios e procedimentos abordados em teoria. O objetivo deste momento, não é ilustrar sua proposta oral realizada anteriormente, mas sim compartilhar algum princípio de criação que se relacione diretamente com sua teoria, promovendo um possível estado de Ventilação Criativa.

A escolha de realizar estes encontros de forma aberta e compartilhada é uma estratégia para pluralizar as percepções e conexões, no intuito de abrir e aprofundar, coletivamente, a reflexão sobre distintos modos de operar no fazer criativo em dança.

A necessidade deste exercício aparece para o Núcleo por um aspecto que é característico do mesmo: a partir do encontro com o outro, transformar o olhar sobre as próprias estratégias de criação. Considerando, inclusive, que todos os conteúdos emergentes nos encontros estão em um campo maior, que fortalece a construção de conhecimento em dança.

Outro aspecto relevante dessa ação é o seu caráter formativo em diálogo, que promove o encontro de pessoas interessadas em aprofundar seus estudos em dança, bem como provê uma situação na qual o artista convidado pode experimentar, em outros corpos, elementos de interesse de sua própria pesquisa artística em um terreno de troca, e não de assimilação do conhecimento alheio.

Os dois primeiros convidados já definidos são Ângelo Madureira e o Núcleo Cinematográfico de Dança. O primeiro nos aguça o desejo de troca por alguns aspectos presentes em sua pesquisa, que se estabelece na relação entre a linguagem da dança popular e o corpo em processo de criação por um ponto de vista “contemporâneo”, um processo citado pelo artista como uma tradução, que nutre a ideia que permeia a pesquisa do MIRADA, de conversar  com elementos textuais, sonoros e recursos de linguagens que potencializem a capacidade criativa em dança e ampliem os sentidos deste fazer.

A segunda escolha, pelo Núcleo Cinematográfico de Dança se fundamenta no interesse por dialogar com artistas que de certo modo tem produções em dança com aspectos estéticos semelhantes ao do Núcleo MIRADA e neste contexto, o diálogo sobre os procedimentos criativos e caminhos de escolhas de composição cênicas e dramatúrgicas poderiam revelar não somente aproximações de pesquisa mas também novas descobertas que alimentem os processos de ambos.  Também, a relação com o cinema interessa ao Núcleo, que já se aventurou por produções de vídeo como o filme Jet Lagged, produzido em 2016, junto aos artistas Danilo e Gustavo Pêra, a partir de uma ação performativa de longa duração.


Sobre Ventania: processo de aprofundamento e continuidade da pesquisa artística do Núcleo, incluindo dois encontros com interlocutores convidados.

O Núcleo MIRADA organiza-se de forma não hierárquica buscando o consenso nas decisões e escolhas que envolvem o desenvolvimento de suas pesquisas em dança. Em seus processos artísticos, inquietações que permeiam as artistas dão corpo a um assunto comum, que é trabalhado nos laboratórios de criação, cuja característica central reside na qualidade de presença do encontro.

Nestes espaços de compartilhamento, a condição primeira é a abertura para o repertório individual em relação ao assunto disparador e ao que ele reverbera. É neste diálogo que emergem os apontamentos para as propostas de investigação da fisicalidade, dos impulsos de movimento e da dramaturgia, que extrapolam o indivíduo e compõe um discurso que se organiza na coletividade.

Na ação Ventania, o Núcleo se recolhe em sala de trabalho para dar continuidade aos procedimentos de investigação e pesquisa, tendo como impulso dois vetores: o texto produzido por Renato Jacques durante a performance Rede de Transdução realizada pelo Núcleo em 2016 e os diálogos estabelecidos com os artistas convidados nos encontros teórico-práticos da Ventilação Criativa.

O processo criativo do Núcleo se dá de forma não-linear e repleto de digressões, na qual as conexões extrapolam a cronologia dos acontecimentos. A experiência de elaboração do espetáculo Resquícios Brutos, instigou posteriormente o desejo de revisitar algumas materialidades produzidas em processos anteriores, em especial, o texto do antropólogo artista Renato Jacques (vide item XII), que instaura, a partir das palavras, um universo poético, que mobiliza o desejo de criação.

Este texto, foi criado em uma ação do Núcleo (Rede de Transdução - 2016), na qual o escritor compunha o texto a partir da observação de um corpo dançando, ao mesmo tempo em que estimulava outra pessoa a dançar em um espaço no qual não podia visualizar o que estava sendo criado em termos de movimento.

Este material, gerado por meio desta trama de investigações simultâneas, possui em seu cerne uma relação profunda com estados corporais e possíveis leituras de significação e de subjetividades. Um texto carregado de imagens e sensações físicas que mesclam em suas palavras as percepções do autor, a leitura do movimento e sua força de ação, que confunde a autoria, a veracidade e as ficções que são construídas por um fluxo de pensamento.

Voltar o olhar para esta materialidade produzida anteriormente, revela uma potência que ainda reverbera no corpo e provoca uma sensação de atualização das conexões criativas. Algo que emerge no corpo e estabelece outros nexos de sentido com o contexto e impulsos de elaboração artística.

Contudo, existe a vontade de se deparar com outros caminhos de princípios e procedimentos de criação. Desta maneira, quando houver o mergulho na pesquisa artística, as informações e experiências vivenciadas durante as ações anteriores serão incorporadas neste fazer, inclusive no intuito de desestabilizar as práticas e estratégias que já estão consolidadas como possíveis caminhos de criação.

Uma Ventania que desorganize os modos de fazer, no qual outras formas de operar possam surgir e amplificar as práticas, produções e pesquisa em dança desenvolvida pelo Núcleo, confirmando algo que já vem sendo muito presente em sua trajetória: os encontros como caminho de potencialização e verticalização da pesquisa autoral.

O convite aos dois interlocutores pretende abrir um canal de fluxo de ar entre os corpos presentes a fim de promover a expansão dos espaços de criação tanto no âmbito individual quanto no coletivo. Olhares que impulsionem o processo e provoquem caminhos de experimentação e/ou conscientização do que está sendo elaborado como material cênico de dança.  Um dos interlocutores convidados será o próprio autor do texto, Renato Jacques e o outro será definido ao longo do processo.


Sobre Queda-Livre: compartilhamento do processo de criação em desenvolvimento, aberto ao público.

O Núcleo pretende organizar o material coreográfico/cênico investigado ao longo da Ventania e abrir o processo em espaço a ser definido, como uma mostra síntese da pesquisa desenvolvida ao longo do projeto. O formato dessa mostra será definido a partir da necessidade dos materiais produzidos, ou seja, não necessariamente fechado como um espetáculo de dança e nem tão despretensioso quanto um ensaio aberto.

Compreende-se a abertura de processo como uma oportunidade de mostrar um trajeto alcançado dentro deste projeto como um todo. É um momento de compartilhar a organização da experiência que foi a todo momento construída no corpo em relação: com as ações, com os convidados, com materialidades, com discussões do campo de conhecimento da dança e com o espectador, iniciadas com a apresentação de Resquícios Brutos e finalizadas em Queda- Livre.

Esta nomeação remete à sensação intensa gerada pela relação da força da gravidade quando em queda, que causa descarga de adrenalina, aceleração dos batimentos cardíacos, uma emoção intensa, associada aqui ao fato de abrir, tornar público o inacabado, o processo, o corpo em seu estado visceral e sensível, investigador e ativo, o corpo em estado de dança.

Esta ação encerra o projeto e carrega em si a importância de um fechamento provisório de ciclo, que possivelmente aponta para um caminho e perspectiva de novas criações, mantendo um precioso estado de pesquisa e atualização de suas práticas e produções em dança.


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