quinta-feira, 7 de abril de 2016

"As três graças" por Christiana Sarasidou


Dia sete de Março cerca das cinco horas da tarde. Me tornei parte dela. Ela me recebeu com braços abertos e dormi na sua cama. Ela me protegeu da raiva daquela cabeça presa, me refrescou na sua escada e me fez arrepiar com os seus sinos. Não esperava que ela poderia ser tão acolhedora. Não foi assim que eles a descreveram. Foi com outros cheiros e outras cores. Não usaram nem canela, nem agrião, mas nem hortelã sentiram. Tem sorte quem pode encontrar fogo onde reina a água. É até mais sortudo quem acha a companhia certa para isso, quando consegue inflar o seu ego o deixando pra trás. Quando a sua existência encontra ciclos similares e compõe um grupo que flutua na praça dos sentimentos mais maravilhosos. Na mesma praça onde ontem não cabia nem a tristeza. Hoje estava diferente. Hoje tinha espaço pra nós.






Fotos: Roni Diniz




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